João de Fordun
João de Fordun | |
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Nascimento | século XIV |
Morte | 1384 |
Cidadania | Escócia |
Ocupação | historiador, presbítero, escritor |
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João de Fordun (em inglês: John of Fordun; Fordoun, antes de 1360 — c. 1384) foi um cronista escocês.
Biografia
Em geral, é indicado que nasceu em Fordoun, Mearns. É certo que foi um padre secular, e que compôs sua história na última parte do século XIV; e é provável que fosse um capelão na Catedral de São Machar de Aberdeen.[1]
O trabalho de Fordun é a primeira tentativa de escrever uma contínua história da Escócia. O zelo patriótico de Fordun foi despertado pela remoção ou destruição de muitos registros nacionais por Eduardo III e que viajou pela Inglaterra e Irlanda, coletando material para sua história.
Coletivamente, este trabalho, dividido em cinco livros, é conhecido como a Chronica Gentis Scotorum. Os três primeiros são não historicamente comprovados, o que, portanto, lança dúvidas sobre a sua exatidão, ainda que formem também a base sobre a qual Hector Boece e George Buchanan mais tarde basearam alguns de seus escritos históricos, muitos dos quais foram considerados por Thomas Innes como duvidosos em seu Critical Essay (i, pp. 201–2,4). Os livros quatro e cinco contêm informações muito valiosas, e tornarem-se mais autênticos quanto mais perto se aproximam do tempo do próprio autor. O livro cinco termina com a morte do rei Davi I em 1153.
Além destes cinco livros, publicados aproximadamente em 1360, Fordun também escreveu parte de outro livro, e os materiais coletados para dar continuidade à história até um período posterior. Estes materiais foram usados por um continuador que escreveu em meados do século XV, e que é identificado como Walter Bower, abade do mosteiro de Inchcolm. As adições de Bower formam onze livros, e dão continuidade à narrativa até a morte do rei Jaime I em 1437. De acordo com o costume da época, o continuador não hesitou em interpolar parte do trabalho de Fordun, com suas próprias adições, e toda a história assim compilada é conhecida como a Scotichronicon.
A primeira edição impressa do trabalho de Fordun foi a de Thomas Gale em seu Scriptores quindecim (vol. iii), que foi publicado em 1691. Isto foi seguido pela edição de Thomas Hearne (5 vol.) em 1722. Todo o trabalho, incluindo a continuação de Bower, foi publicado por Walter Goodall em Edimburgo em 1759. Em 1871 e 1872 a crônica de Fordun, no original em latim e em uma tradução inglesa, foi editada por William Forbes Skene em The Historians of Scotland. O prefácio a esta edição reúne todos os dados biográficos e dá referências completas para manuscritos e edições.
Notas
- ↑ William Ferguson, The identity of the Scottish nation: an historic quest, Edinburgh University Press, 1998, ISBN 0748610715
Referências
- Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Fordun, John of». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- Este artigo incorpora texto de uma publicação agora em domínio público: Cousin, John William (1910). A Short Biographical Dictionary of English Literature. Londres, J. M. Dent & Sons; Nova Iorque, E. P. Dutton.
- Para uma discussão mais aprofundada das motivações políticas que podem ter influenciado a abordagem adotada na Chronica Gentis Scotorum, leia: Goldstein, J. The Matter of Scotland: Historical Narrative in Medieval Scotland University of Nebraska Press (1993); esp. Capítulo 4.
Ligações externas
- Skene, Felix James Henry; Skene, William Forbes (1872), [[1] John of Fordun's Chronicle of the Scottish Nation] Verifique valor
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(ajuda), Edinburgh: Edmonston and Douglas